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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Eliminação dos rebentos ladrões e dos pimpolhos

Junto à base do tronco de algumas espécies de árvores, pode surgir uma forte rebentação. Saiba as razões porque se aconselha a sua remoção imediata!


Os rebentos que se desenvolvem junto ao colo das árvores (zona de transição entre o sistema radicular e o tronco), designados vulgarmente por "rebentos ladrões", aparecem em qualquer altura do ano mas, nos meses de julho e agosto, surgem muito vigorosos e com um crescimento bastante rápido devido à intensa atividade vegetativa das espécies caducas. As seivas estão no máximo da sua atividade.

Os pimpolhos, muito frequentes nas tílias e nos choupos, surgem também com bastante vigor.
É muito importante proceder à sua eliminação logo que apareçam porque, entre outras razões, estão a consumir os nutrientes que deverão ser encaminhados para diferentes zonas das árvores, em muitas, para a frutificação. Se os deixar crescer demasiado, os caules engrossam dificultando a sua remoção e deixando cicatrizes maiores em redor do tronco. Outra questão importante é o facto de não querer que o seu jardim tenha um aspeto algo descuidado. Eu também não quero que o meu pareça!

Tenho duas tílias com silhuetas muito elegantes, característica destas árvores.
As flores são docemente perfumadas e podemos ter chá sempre à mão. Têm portes maravilhosos, quer estejam revestidas de folhagem, quer estejam completamente despidas. A arquitetura dos seus ramos é soberba e única!

A tília em fase de frutificação.

A copa frondosa.

Eu já tratei das minhas tílias e já cortei toda esta rebentação invasora. Já fez o mesmo?

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula


Imagens: Paula Craveiro

domingo, 21 de agosto de 2016

SOS Plantas – Pulgões

A aplicação de produtos caseiros é muito económica e amiga do ambiente!



Muitas plantas são suscetíveis ao ataque dos pulgões. Sugando-lhes a seiva, põem em causa toda a sua vitalidade. Os caules mais jovens e os botões florais são as partes das plantas que estes parasitas preferem. Indício inequívoco do aparecimento da praga é, para além da presença dos pulgões visíveis a "olho nú", do encarquilhamento das folhas e da atrofia no crescimento, a presença das formigas que anuncia um ataque destes parasitas!

Poderá usar um inseticida apropriado, mas o melhor é recorrer a soluções caseiras que, para além de muito económicas, não oferecem qualquer perigo para o meio ambiente.
Decida-se pelo seu combate, usando um dos três métodos sugeridos:

1-Colha uma mão cheia de urtigas e deixe-as macerar dois dia num pouco de água. Passe esta solução, bem concentrada, por um coador e pulverize as plantas afetadas com o líquido resultante;

2-Ferva vários dentes de alho em água e pulverize as plantas com esta solução;

3-Misture detergente normal da loiça em água e borrife as plantas, sobretudo a página inferior das folhas. Este método é muito rápido e eficaz, uma vez que os pulgões separam-se facilmente das superfícies afetadas.

Terá ótimos resultados se repetir esta operação mais duas ou três vezes, com 15 dias de intervalo.

Diga "adeus" aos indesejados pulgões, através de produtos naturais que não nos fazem gastar dinheiro e são inócuos para o meio ambiente. 

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Imagem: Pinterest

sábado, 20 de agosto de 2016

Cravos túnicos, cores alaranjadas

Mantenha o jardim com as cores vistosas dos cravos túnicos (Tagetes patula) durante um longo período!


Pertencem à família das asteráceas, a mesma dos girassóis e dos crisântemos e as suas flores fazem lembrar os cravos, sobretudo as variedades de flores dobradas. O género inclui cerca de 50 espécies sendo a Tagetes patula uma das mais vulgarizadas.

São plantas de ciclo vegetativo anual, muito resistentes e usadas com frequência no revestimento de canteiros, em bordaduras, em maciços e também na ornamentação de jarras. Uma utilização muito curiosa é o seu aproveitamento na indústria de preparação de alimentos para pássaros, uma vez que as folhas, depois de reduzidas a pó, servem para avivar as cores alaranjadas da penugem dos canários.

Florescem entre a primavera e o outono, cabendo-lhes a responsabilidade de dar cor e proporcionar fortes aromas ao jardim, durante um longo período.

Cultivam-se ao ar livre e sempre debaixo de sol. A sementeira faz-se em março, em local provisório ou diretamente no local definitivo. Neste caso, obterá um tapete denso que terá que desbastar. Na época mais quente exigem regas praticamente diárias, bastando uma rega a cada dois ou três dias, durante a primavera. 
Se estiverem na terra não são muito exigentes quanto à fertilização mas, em vasos ou floreiras, agradecem uma adubação líquida de três em três semanas. Preferem os solos permeáveis.


Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula


Imagens: Paula Craveiro

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Buganvílias, manchas luminosas

Brancas, rosa, salmão, lilás, encarnadas, simples ou dobradas, constituem um elemento de grande interesse ornamental!


É impossível não reparar nas magníficas florações destas trepadeiras, em manchas de cores fortes e quentes.

Revestem muros, fachadas, estruturas menos atraentes como vedações em mau estado e oferecem a sua sombra ao mesmo tempo que percorrem e se entrelaçam nas pérgolas.

São uma presença obrigatória nos jardins.

Sabia que o que mais nos atrai nas buganvílias não são as flores? Os ramalhetes coloridos e vistosos não são flores, mas um conjunto de folhas modificadas, designadas botanicamente por brácteas petalóides. As flores são muito discretas, têm cor creme e passam despercebidas no luminoso espectáculo que as brácteas proporcionam.
Flores ou não, a verdade é que são super vistosas. Podem ser brancas, rosa, salmão, lilás, encarnadas e simples ou dobradas. Podem também apresentar uma folhagem variegada que lhes permite efeitos decorativos bem contrastantes.

Gostam de uma localização soalheira, de preferência virada a sul, terrenos soltos e leves e não são muito exigentes em regas e adubações. Após o período de floração, deverá cortar os ramos em excesso ou os que cresceram demasiadamente. Não insista em plantá-las em zonas sujeitas a geadas porque não resistirão.
Conseguirá novas plantas através do método de estacaria. A melhor altura é durante o mês de agosto. Escolha ramos com crescimento do ano e corte estacas com 10 cm.

Deixo-vos algumas imagens destas trepadeiras em plena floração cuja riqueza ornamental é tão grande quanto a sua versatilidade!














Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula


Imagens: Paula Craveiro

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Limpeza de ramos secos

Esta é a melhor altura para retirar os ramos secos e doentes das suas árvores e arbustos. Saiba porque deve retirá-los e como proceder!


É frequente as árvores e os arbustos produzirem ramos secos. Para além de bastante inestético, a sua permanência pode, num abrir e fechar de olhos, contagiar zonas saudáveis.

Esta operação, conhecida por limpeza de ramos secos ou poda sanitária, pode ser feita em qualquer época do ano. Ao contrário de outros tipos de poda, que se aconselham no período do repouso vegetativo, esta pode ser efetuada no verão. Será até conveniente que o faça antes da queda das folhas, no caso das espécies de folhagem caduca, porque os secos destacam-se melhor no meio das folhas e consegue retirá-los na totalidade.

Aproveitei e fiz uma limpeza às minhas lagestroemias, Lagerstroemeria indica, que têm imensos secos. Tenho uma de flor lilás e uma de flor rosa. Esta espécie é lindíssima!

A de flor lilás com inúmeros raminhos secos.



O corte de todos os secos e doentes.




A de flor cor-de-rosa tinha menos mas, mesmo assim, retirei bastantes.




Com uma tesoura de poda cortei todos os raminhos secos e doentes um centímetro acima da zona afetada, logo a seguir a um nó, para garantir a ramificação ou, nalguns casos, pela base do ramo, conforme a localização da patologia. Na transição entre a parte saudável e a parte seca poderão existir tecidos afetados e, se não cortar um pouco antes, estes poderão continuar a contagiar a planta. Fiz o corte na diagonal, para no caso de contacto com a água, esta consiga deslizar.

Não imaginam a quantidade de ramagem seca que resultou de cada exemplar.

De seguida, coloquei estes resíduos na pilha de compostagem. Como são muito finos decompõem-se rapidamente. Aqui tudo se aproveita!

Se as suas lenhosas têm ramos secos, retire-os enquanto as plantas ainda estão cobertas de folhas.

Bom trabalho!

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Imagens: Paula Craveiro

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Sempre-vivas, para arranjos de flores secas


Saiba como cuidar das sempre-vivas no jardim, para mais tarde tê-las na jarra!




Dourado, vermelho, amarelo e rosa são algumas das cores com que se vestem as sempre-vivas, ou perpétuas de jardim como também são vulgarmente conhecidas. As flores, sob a forma de brácteas e reunidas em atraentes capítulos, são muito utilizadas em arranjos florais por se manterem inalteráveis durante bastante tempo.

Da primavera ao outono estas plantas, de ciclo de vida anual e originárias da Austrália, florescem profusamente, dando um apontamento muito campestre ao jardim, por parecerem secas mesmo antes de o serem.

O seu cultivo não é nada difícil. Sol descoberto numa situação abrigada de ventos agressivos, terra fértil de jardim enriquecida com m.o. e regas moderadas no período mais quente, é o que precisam para uma brilhante e intensa floração.
A sua propagação faz-se por sementes, no início da primavera, demorando 7 a 10 dias a germinar. Se deixar  as plantas no canteiro até ao fim do ciclo vegetativo, as sementes caem à terra e germinarão na próxima época, logo que reunidas as melhores condições.
Helichrysum bracteatum é o nome científico, significando o primeiro (género) "sol dourado", numa alusão à cor do ouro que as espécies ancestrais exibiam.

Trata-se de plantas usadas desde há muitos anos devido à durabilidade das suas flores: primeiro, no jardim como ornamentais e, mais tarde, nas jarras dentro de casa.




Um ramo de flores tão intemporal! Que magnífico efeito! Eu adorava tê-lo agora na minha jarra.


Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Imagem: Paula Craveiro e Pinterest

sábado, 6 de agosto de 2016

Os insetos e a polinização

Os insetos são os verdadeiros cupidos da natureza!


Para além de garantir a produção de frutos, de sementes e a reprodução das plantas, a polinização é um dos principais fatores no crescimento e manutenção da biodiversidade. Graças a este processo, existe uma enorme variedade de plantas com características tão diferentes, todas elas imprescindíveis à manutenção do equilíbrio ecológico.
 
Os pássaros, as borboletas, as abelhas e outros insetos, têm um papel importante na transferência do pólen na mesma flor ou entre flores da mesma planta, e decisivo entre plantas localizadas em sítios diferentes. Ao pousarem constantemente nas flores, de preferência nas mais coloridas, vistosas e perfumadas,  levam o pólen dos estames (elemento masculino) agarrado às suas patas e, quando em contacto com a parte feminina (carpelos),  inicia-se a fecundação. As abelhas estão no top deste processo porque, em condições naturais, alimentam-se do néctar das flores.

É curioso como as plantas também são seletivas. É muito comum determinadas espécies de plantas  serem exclusivamente polinizadas por espécies específicas de insetos, e isto acontece devido às relações de interdependência existentes na natureza. Percebe-se assim que até os insetos menos interessantes e atraentes, podem ter uma função polinizadora determinante.
 
Inúmeros tipos de plantas, produção de alimentos, maior produção de oxigénio, são só alguns dos benefícios mais evidentes, que resultam do trabalho incansável dos pequenos e simpáticos insetos que, para além de tudo o mais, são ... os melhores cupidos que a natureza dispõe!


Obrigada pela visita.
 
Um beijinho e até breve,
 
Paula
 
Imagens: Paula Craveiro

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Jardinagem em Agosto - Agenda


Em pleno verão registam-se as temperaturas mais altas do ano. Porque está de férias, porque acabou de regressar ou porque ainda está a trabalhar e quer deixar tudo devidamente organizado, aconselho a realizar apenas os trabalhos de jardinagem que são absolutamente necessários para manter as plantas em bom estado sanitário. 
Apesar de se poder semear ou plantar uma ou outra espécie, a minha sugestão é deixar as plantações e as sementeiras para mais tarde. Não há necessidade de investir muito em períodos de grande calor. Aproveite antes para projetar o seu jardim para o outono e o inverno. Inspire-se nos vários estilos: o mediterrânico, por exemplo, é uma garantia de continuidade com o mínimo de trabalhos e de recursos. Com tempo decidirá muito melhor como organizar  e escolher as plantas.

O foco durante o mês de agosto concentra-se na satisfação das necessidades hídricas das plantas, devendo, no entanto, dedicar algum tempo a:
-Vigiar o aparecimento de pragas e doenças. O calor traz consigo uma proliferação destes agentes. É importante atuar no início. Por exemplo, nas roseiras podem aparecer míldio e pulgões;
- Adubar as plantas anuais que ainda não alcançaram a maturação completa;
- Sachar e cortar as flores secas das plantas que estão na curva descendente do seu ciclo biológico. Insisto sempre nesta tarefa, pois considero-a essencial para melhorar o aspeto das plantas e conseguir uma economia de nutrientes;
- Se plantou azáleas, rododendros e camélias nesta primavera, e uma vez que necessitam de solos bastante húmidos, lembre-se que evidenciam agora as maiores necessidades de água, tendência verificada desde junho;
- Aplicar adubos azotados em relvados que aparecem com manchas amareladas;
- Colocar tutores nas dálias e nos crisântemos. São plantas com grande crescimento e podem tombar devido à fragilidade dos caules;
- Realizar uma poda sanitária nas árvores e nos arbustos. Esta é a melhor altura para o fazer pois, os raminhos secos são bastante visíveis e destacam-se no interior das copas densas de folhagem.


Desfrute do exterior na praia, no campo ou na cidade e vá à descoberta dos jardins que ainda não conhece!

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Imagens: Paula Craveiro