Hortas, a lifestyle

Decididamente as hortas estão na moda!

Biológicas, coloridas, perfumadas e organizadas, fazem as delícias dos novos hortelãos que aqui encontram verdadeiras oportunidades de relaxamento, de inspiração, de ligação à terra e de produção de alimentos saudáveis.

Quando produzimos os nossos próprios alimentos, impõe-se fazê-lo em modo biológico. Neste método, não é permitida a aplicação de produtos químicos no solo e nas plantas, havendo um sem número de técnicas e de produtos naturais alternativos.

A simples introdução de plantas ornamentais, com flores de cores vistosas e apelativas, não só traz colorido, perfume e alegria à sua horta, como também os tão desejados insetos, responsáveis pela eliminação das pragas e pela polinização.

As hortas querem e precisam de flores!         

 

Cravos-túnicos, capuchinhas, alfazemas, alecrins, perpétuas-roxas, dálias, crisântemos e roseiras são alguns exemplos de plantas que convivem perfeitamente com as da sua horta, em sebes ou em pequenos apontamentos, contribuindo para um aumento quantitativo e qualitativo da sua produção hortícola.

Se tem um espaço disponível, não perca tempo.

Ter horta é mesmo uma questão de lifestyle!

Gosta de hortas?

Obrigada pela visita.
Um beijinho e até breve,

Paula

Imagens: Paula Craveiro

Estufa Fria de Lisboa, uma pérola na cidade

É um dos espaços verdes mais emblemáticos de Lisboa e fica localizado no Parque Eduardo VII. A sua história é antiga, nasce de um acaso e é muito marcante para os jardins desta cidade.

Na passagem para o séc. XX, uma área ocupada com uma pedreira desativada, foi o local escolhido para guardar as plantas que se destinavam ao ajardinamento do Passeio Público da Avª da Liberdade, pois assim ficariam protegidas, principalmente dos ventos frios do norte.

Rapidamente se percebeu que este espaço apresentava uma topografia e condições extraordinárias para a construção de um jardim abrigado.

Composta por três núcleos distintos: a estufa fria, a estufa quente e a estufa doce, variando nas condições de temperatura e de humidade e na vegetação que albergam, é detentora de uma coleção de plantas constituída por centenas de espécies de todos os continentes, com principal destaque para as camélias, azáleas, begónias, brincos de princesa, fetos e catos.

A vegetação luxuriante, os sublimes cantos e recantos, a estatuária, os lagos e cascatas, o efeito cénico das sombras e do sol, bem como o efeito visual e sonoro da água, fazem deste local um tesouro muito apreciado e….muito bem cuidado.

Visitar a Estufa Fria é um excelente programa para adultos e crianças. Se o fizer nesta época,  poderá admirar inúmeras espécies em plena floração.

Tenha agradáveis surpresas ao longo dos caminhos sinuosos da Estufa Fria!

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Imagens: Paula Craveiro

Como ter hortênsias com flores azuis

As hortênsias (Hydrangea macrophylla) são plantas originais porque a cor das flores depende do valor do pH do solo, que indica a sua acidez, neutralidade ou alcalinidade.

Ao longo do tempo podem ocorrer, no mesmo local, variações do pH. Como resultado, a cor das hortênsias vai-se alterando. Hortênsias em solo ácido exibem flores azuis mas, se o solo for alcalino, estas serão rosa.

Geralmente as cores azuladas são as mais apreciadas. Existem diversas formas de conseguir estas tonalidades, sendo a aplicação de um adubo específico a mais eficaz e imediata. 

A colocação de matéria orgânica com origem em resíduos vegetais, como relva cortada, também ajuda na acidificação da terra.

Nas minhas hortênsias combino os dois métodos. Para intensificar a cor azul, adiciono ao solo, duas vezes por ano, misturas vegetais produzidas no jardim e, para o efeito ser mais rápido, aplico mensalmente um fertilizante apropriado durante a floração e também na época que a antecede, ou seja, entre março e agosto.

Existem diversos fertilizantes deste tipo disponíveis no mercado. Escolho sempre um que seja o menos nocivo para o meio ambiente e fácil de aplicar. 
Este ano descobri uma preparação permitida na agricultura biológica.

Incorporação de composto vegetal

Adubo permitido na agricultura biológica

Forma de apresentação em pó

Composto e adubo

Agora, é só esperar para vê-las florescer!

As flores ficarão com uma inconfundível cor azul e as folhas bastante mais verdes.

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Imagens: Paula Craveiro e Pinterest

É bom mexer na terra

Envolvo sempre as minhas filhas nos trabalhos de jardinagem. Desta vez contei com a preciosa ajuda da Madalena, a mais nova.

Enquanto estava a melhorar a fertilidade do solo, incorporando um composto vegetal, a Madalena entretinha-se a mexer na terra e a sujar-se completamente. Não me incomoda nada! Os fins-de-semana no campo são para isso mesmo.

Não há dúvida que a jardinagem traz inúmeros benefícios às crianças. Sobretudo nas cidades, onde acabam por estar, muitas vezes, afastadas do mundo verde.

Mais do que uma forma de sentirem as texturas, as consistências e a liberdade de se movimentarem num meio completamente natural, é uma forma de descobrirem a natureza, dando-lhes um conhecimento e um sentido de responsabilidade para a proteção do meio ambiente, em particular, dos jardins.

De acordo com um estudo realizado pela Royal Horticultural Society, o trabalho desenvolvido nas hortas escolares melhora significativamente a inteligência das crianças, ajuda-as na matemática, nas áreas científicas, na socialização, na destreza física e no comportamento.

Contribui ainda para a sua autonomia e, muito importante, para uma maior sensibilização da qualidade da alimentação.

Não é preciso mais para envolvê-las nestas tarefas!

Ajardinar com crianças é uma atividade bem interativa. No caso da Madalena, com os seus 21 meses, é interativa até demais, deixando-a super feliz. E a mim também.

Que excelente ajuda, minha querida!

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Imagens: Paula Craveiro

Jardinagem em Abril - Agenda

Passado que está o inverno eis que chega a hora do despertar. Com a subida do mercúrio as plantas entram numa actividade quase febril. Na varanda, no jardim ou na horta há que lhes dispensar toda a atenção.

Na varanda e no interior:

• Plante, transplante e renove as misturas das plantas envasadas;
• Inicie a limpeza das folhas. Nas grandes e macias use um pano molhado ou uma esponja. Nas folhas com pelos use um pincel para retirar o pó e nas plantas de folhas miudinhas, deve imergir o vaso em água tépida, estas ficarão muito brilhantes e hidratadas, porque o pó nas folhas interrompe as suas funções vitais;
• Para ter plantas mais saudáveis adube a terra dos vasos. A forma de apresentação líquida é a mais prática. O seu efeito faz-se sentir rapidamente. Os melhores períodos para adubar correspondem aos momentos de maior crescimento ativo, um dos quais, agora;
• Verifique se as raízes estão a sair pelo orifício de drenagem. Se acontecer, mude a planta para um vaso maior.  

No jardim:

• Plante, sache, adube, monde, semeie algumas das suas preferidas e comece a regar. Como as necessidades de água aumentam, as regas devem começar a ser mais generosas;
• Transplante para o local definitivo as plantas que teve oportunidade de semear nos meses anteriores. Lembre-se que deve manuseá-las com cuidado, pois são frágeis. Tente não mexer nas raízes;
• Fertilize os canteiros com matéria orgânica;
• Tenha um cuidado especial com as roseiras e as hortênsias. Como foram podadas há poucos meses, necessitam agora de sacha e adubação;
• Deve plantar os bolbos de verão;
• Propagação: de poucas obtenha muitas. Durante este mês pode continuar a multiplicar muitas das espécies através de estacas de caule e outras por divisão de tufos.

Na horta:

• Prepare a terra para as plantações, aumentando a sua fertilidade;
• Sache e monde;
• Plante: morangueiros, alfaces, couves, tomateiros, cebolas, beringelas, alho-francês, pimentos, rabanetes, batatas;
• Semeie: abóboras, curgetes, espinafres e feijão.

Boa jardinagem e boas produções na horta!

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Imagens:Paula Craveiro