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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Sapatinhos de princesa, orquídeas terrestres

¡Sedutoras, inconfundíveis e muito populares, as orquídeas não encontram rivais aos olhos e corações dos seus admiradores. Saiba que o aspeto delicado que as caracteriza consegue-se com carinho e cuidados especiais!


Pertencem à família das orquidáceas, uma das maiores entre as plantas com flor e que está continuamente a aumentar. Supõe-se que nas florestas tropicais existam ainda muitas espécies por descobrir. Os sapatinhos de princesa, do género Paphiopedilum, devem o nome à forma do labelo, que faz lembrar um chinelinho das antigas damas palacianas e, tal como muitas outras orquídeas, as suas flores são invulgares e sugestivas.

São terrestres, acaules e as flores, de textura carnuda, brilhante e cerosa, aparecem entre outubro e abril. Estas, possuem uma sépala superior, pétalas laterais (asas) e um labelo que esconde as sépalas inferiores e que não é mais do que uma pétala transformada.

Se quer ser bem sucedida com esta planta proporcione-lhe uma temperatura média, a do ambiente normal de uma casa é adequada e um estado de humidade permanente, que se consegue colocando os vasos sobre um tabuleiro de seixos húmidos ou pulverizando a folhagem quando a temperatura ultrapassar os 20ºC. A mistura de envasar deve ser apropriada para orquídeas e deve ser enriquecida com adubações líquidas, na primavera e no outono.
Se os seus sapatinhos formarem um tufo com 6 ou mais grupos de folhas, poderá dividi-los no momento do reenvasamento, aumentando assim a sua coleção.

Pormenor do labelo e das pétalas laterais.


Depois de regadas.


Canteiro em que os sapatinhos, ainda por florescer, convivem com as esculturas dos artistas  António Vasconcelos Lapa e Bárbara Assis Pacheco. Maravilhoso! As cores das esculturas foram pensadas na cor das flores.  


Em pequenos nichos entre pedras, surgem ao lado das avencas. Um feliz contraste de formas!


A abertura de uma flor. Outras, em plena floração.


Todos os anos somos brindados com uma profusão de flores. 


Gosta de sapatinhos de princesa? São verdadeiramente irresistíveis!

Obrigada. Até já!

Paula

Fotos: Paula Craveiro

domingo, 18 de dezembro de 2016

Azevinho, uma planta simbólica

Num gesto alusivo à sua proteção e à quadra natalícia que, tão inocentemente representa, a plantação de um azevinho (Ilex aquifolium) é um ato simbólico e de grande valorização paisagística. Os resultados não serão rápidos mas o prazer de estar a contribuir para a preservação desta espécie é muito compensador.


Arbusto ou pequena árvore, de folhagem ondulada e marginada de espinhos e belas bagas encarnadas, o azevinho faz a imagem desta época, sendo muito utilizado nas tradicionais decorações natalícias.  Entre os mais ornamentais encontra-se o de folhas matizadas de branco. 

Uma característica botânica interessante é o facto de se tratar de uma espécie dióica, ou seja, as estruturas masculinas e femininas são produzidas em plantas diferentes, sendo necessário alguma proximidade entre estas, para que ocorra a fecundação e o aparecimento das bagas encarnadas. Estas, embora muito atrativas e apreciadas, são tóxicas, o que exige atenção reforçada se o jardim for frequentado por crianças.

O uso abusivo durante anos, especialmente das plantas femininas, o seu lento crescimento e até alguma dificuldade no enraizamento, levaram quase à extinção desta espécie justificando, desde 1989, proteção por Lei. 

O azevinho não requer cuidados particulares, bastando aplicar-lhe regularmente fertilizantes orgânicos, proporcionar-lhe situações algo sombreadas e solos ligeiramente argilosos.

É uma planta de grande longevidade e com uma presença inigualável, sendo um elemento marcante em qualquer jardim clássico.

Envolva a sua família e plante um azevinho no jardim. Será um momento de união e de partilha, o verdadeiro sentido e espírito desta época!

Obrigada. Até já!

Foto: Paula Craveiro

domingo, 4 de dezembro de 2016

Jardinagem em Dezembro - Agenda

Há quem considere que no último mês do ano, os jardins estão monocromáticos e sem brilho. Não concordo nada!


Esta é uma das fases mais bonitas do ciclo de um jardim. A contrastar com os dias menos luminosos, as colorações das folhas amarelas, acobreadas, púrpura e douradas, proporcionam ambientes quentes e aconchegantes. Mas não é só de folhas que estes jardins se vestem. Às flores de inúmeras espécies sucede-se uma profusão de alegres e decorativos frutos, como acontece nas piracantas, azevinhos, vinha-virgem e aucubas. Também é possível desfrutar de muitas flores, pois há plantas que resistem às condições mais adversas, em plena floração: ciclames, orquídeas e begónias.

Este mês, numa aura de perfeita tranquilidade para as suas plantas, mas de descanso ativo para si, contemple estes belos espetáculos luminosos mas continue a dedicar-lhes toda a atenção e, assim, chegarão vigorosas às próximas estações. Não se esqueça de:

• Plantar
Coníferas envasadas, árvores ornamentais de raiz nua, árvores de fruto e arbustos de folhagem caduca, como roseiras.
Abra uma cova com tamanho suficiente para o desenvolvimento do sistema radicular. Coloque um tutor e aconchegue bem a terra em redor da base da planta.

• Podar
Pode começar a podar as suas roseiras, para florescerem mais cedo. Pode também árvores e arbustos caducifólios. Use sempre uma tesoura bem limpa e desinfetada.

• Preparar
Prepare os canteiros para as plantações que vai realizar no final do inverno. Mobilize, limpe, fertilize e deixe a terra a descansar.

• Planear
Com tempo, dedique-se à organização dos trabalhos a realizar nas próximas estações. O planeamento é a melhor ferramenta em jardinagem e a garantia de se obter bons resultados.

• Limpar
As plantas com folhas grandes e coriáceas gostam de alguns mimos. Limpe-as com cuidado, passando com um pano húmido, folha a folha.

•Cobrir
As baixas temperaturas, as chuvas e as geadas prejudicam as estacas recentemente plantadas. Se estão no jardim, deve tapá-las com redes próprias. Se estão em vaso, coloque-as num local mais abrigado.

• Recolher
Junte as folhas caídas e faça o seu próprio composto. Como são finas, a sua decomposição é rápida.

•Comprar
Adquira a Árvore de Natal e as suas plantas preferidas, para enfeitar a casa nesta época festiva. Pense na espécies mais adequadas e que pode, posteriormente, plantar no jardim.


Boa jardinagem!

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Foto: Paula Craveiro

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Fetos no jardim



Apesar do aspeto das suas frondes ser algo peculiar: rendilhadas, enrugadas ou encaracoladas, os fetos são, muitas vezes, subestimados. Saiba como tirar partido destas plantas para criar uma atmosfera muito especial e pitoresca no seu jardim.

Os fetos dão sempre um toque algo misterioso a qualquer jardim, quer se trate de um espaço formal ou informal. A variedade de formas, de tamanhos, de tons e de texturas é tal, que encontrará com facilidade os mais adequados ao seu jardim e ao cenário que quer construir.
Pode conseguir interessantes efeitos combinando fetos com outras plantas de folhagem, ou combinando vários tipos de fetos. Neste caso, há que tirar partido das suas frondes (nos fetos não existe a designação de folhas, estas assumem-se como frondes). Pode, também, usá-los de forma menos convencional, mas mais próxima do natural, nas reentrâncias da base das árvores e nas fissuras dos próprios troncos. Assim, conseguirá um aspeto bem romântico e criar a ilusão de bosque antigo.

São plantas fascinantes pela sua folhagem. Ao contrário das outras plantas, que dão flor e depois semente, os fetos reproduzem-se através de esporos que se encontram no interior dos esporângios, umas pequenas cápsulas localizadas na página inferior das frondes. Quando os esporos atingem um determinado grau de maturação, são lançados ao solo, onde acabarão por germinar, caso encontrem boas condições de temperatura e de humidade. Por vezes, não é fácil.




A maioria das espécies é muito rústica e não necessita de grandes cuidados depois de estabelecida, mas só se consegue estabelecer em locais com sombra total/parcial e humidade.

Debaixo da copa das árvores e dos arbustos fazem o revestimento do solo, encontrando a sombra, ou a meia-sombra, desejada. Junto de um lago ficam muito bem, por aqui existirem valores constantes de humidade.
Para além da sombra e da humidade que não dispensam, reserve-lhes também solos de qualidade, com bastante matéria orgânica, neutros a alcalinos.
Os fetos são muito sensíveis a ventos fortes.

Deixo-lhe algumas imagens que podem passar a ser o cenário daquelas zonas sombrias, onde não sabe o que plantar.



















 O efeito escultural do desenrolar das frondes.


Envasados, isolados ou combinados com outras plantas, ficam magníficos.






Gosta de fetos?

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Imagens: Paula Craveiro e Pinterest

domingo, 25 de setembro de 2016

21 setembro, 21 árvores na Quinta das Conchas

Movimento O2

No passado dia 21, dia Internacional da Paz, o Parque da Quinta das Conchas, em Lisboa, foi palco de uma interessante iniciativa global designada "Movimento O2", integrada no programa ENO Tree Planting Day, que tem por missão incentivar o desenvolvimento sustentável, através da plantação de árvores. Este programa existe há 16 anos e conta com a participação de 150 países, tendo-se já plantado mais de 20 milhões de árvores em todo o mundo.
Na Quinta das Conchas, esta iniciativa teve a participação da Câmara Municipal de Lisboa, do Agrupamento de Escolas Lindley Cintra, que integra o Programa ECO-Escolas da EBAE e com a especial participação da Alexandra Marcenco, a nossa “Miss Queen Portugal 2016”.
Foram plantadas 21 árvores de duas espécies pertencentes à flora mediterrânica: 11 oliveiras -Símbolo da Paz- e 10 medronheiros, pelas crianças do 4º ano da EB1 da Quinta dos Frades, por alunos da Escola Secundária do Lumiar e por um grupo de crianças com necessidades educativas especiais, também deste Agrupamento, que com um enorme envolvimento e orgulho apadrinharam cada exemplar plantado.
A simpática e muito bonita Alexandra Marcenco, "Miss Earth Portugal", começou por explicar o seu trabalho em prol das causas solidárias, sobretudo na defesa e promoção dos programas ambientais, participando ativamente na plantação das árvores.
A avaliar pelo rosto feliz de todas as crianças, esta experiência foi para elas única e inesquecível! E para nós também, pelo momento e pelas árvores que ganhámos neste parque, num ano marcado pela perda de grande área florestal.
Agradecemos aos meninos e gostávamos muito que acompanhassem o desenvolvimento destas simbólicas árvores!
Obrigada Alexandra! Muitas felicidades para toda a sua atividade e para o concurso Miss Earth 2016, a realizar no final do ano na Tailândia, onde representará Portugal. Tenho a certeza que a sua inteligência, beleza e sensibilidade brilhará entre as concorrentes deste concurso!
Deixo-vos algumas fotos para constatarem o entusiasmo e a azáfama deste dia.


Introdução e enquadramento da iniciativa. 



A Alexandra cavou, plantou, regou.



Seguiram-se os alunos. O jeito que demonstraram e a sua organização revela também o excelente trabalho dos seus professores. Percebe-se que vão ser uns bons cuidadores do ambiente!

O olhar sempre atento da Alexandra.


Que azáfama!






Os meninos deixaram balões, desenhos e pombas brancas com mensagens. Tudo feito por eles. As asas das pombas com o desenho das suas próprias mãos. Estavam lindíssimas. Parabéns!







Trabalho concluído. Cansados, mas felizes!

Eu e a Alexandra.

Miss Earth Portugal, um compromisso com a natureza e com as causas ambientais!

Em 2017 repetimos. Adorei!
Obrigada pela visita.
Um beijinho e até breve,
Imagens: Paula Craveiro