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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Vá de férias com a rega assegurada


Com o aumento da temperatura a necessidade de rega das plantas também aumenta.
E como estamos em plena época de férias, é frequente colocarmos a seguinte questão: "Quem é que rega as plantas daqueles vasos ou floreiras?"

É verdade que, hoje em dia, já existem à venda inúmeros kits de rega, fáceis de instalar e manusear, que permitem uma rega automática e programada. No entanto, estas soluções poderão não ser viáveis, ou mesmo não se justificarem, quando, no local, não existe um ponto de água próximo, como acontece em muitas varandas ou terraços.

Nestes casos, poderá recorrer a um suplemento de rega do tipo água em forma de gel. Trata-se de um produto 100% natural e fácil de encontrar nas lojas da especialidade.
Este produto, água no estado sólido, começa a liquefazer de forma constante quando entra em contacto directo com o solo.

Para tal, deverá:

1º  Regar generosamente a planta;
2º Cortar, longitudinalmente, um dos lados da embalagem e abrir ligeiramente de forma a expôr o gel. Tenha atenção uma vez que este não deverá ser retirado da embalagem;
3º  Colocar a embalagem no vaso ou floreira, sobre a parte húmida, com a abertura em contacto com o solo.

Tenho que confessar que apesar de já conhecer este tipo de produtos, é a primeira vez que o vou experimentar.
A ficha técnica do meu produto refere que um Pack Gel de 2 unidades assegura a rega durante 30 dias.

Note que as plantas que pretende regar poderão requerer mais humidade do que aquela que é fornecida por uma embalagem e, nestas situações, deverá reforçar o número de embalagens de acordo com as recomendações do fabricante.

É importante que, durante a primeira vez de utilização do produto, vá monitorizando as plantas de forma a assegurar que as suas necessidades de água estão a ser satisfeitas.

Faça como eu, experimente agora, para depois ir de férias descansada!


Espero que esta seja uma boa solução para si.

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Imagens: Paula Craveiro

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Nenúfares, uma vida sobre a água


Não há como os nenúfares para dar um toque exótico aos lagos e tanques dos jardins!


É graças ao longo pecíolo das folhas que estas se mantêm à superfície da água. As flores delicadas, de numerosas pétalas e de diferentes tonalidades, apresentam no centro estames amarelos muito pronunciados. Estas, abrem com o sol e fecham ao entardecer. O pedúnculo que as suporta, permite-lhes flutuar à superfície do espelho de água, com grande elegância e simplicidade.

Ficam maravilhosos em grandes lagos e existem variedades anãs, normalmente utilizadas nos mais pequenos, ou mesmo na recriação deste ambiente aquático, em diferentes estruturas.

Encontram-se envasados no fundo dos lagos e, embora resistentes, exigem alguns cuidados especiais: os locais devem estar abrigados do ar frio e numa exposição soalheira; a terra do vaso deve ser constituída por terra de jardim, turfa e areia, em partes iguais e estar bastante fertilizada com matéria orgânica. Para conseguir plantas vigorosas, especialmente no período de floração, retire as folhas que surgem muito enrugadas e em evidente mau estado.

Quando as folhas se elevarem da água em vez de repousarem à sua superfície, deverá retirar os vasos e dividir as plantas, sendo o início da primavera a época mais apropriada.

Para além da função ornamental, os nenúfares são muito importantes na manutenção da água, pois as suas folhas funcionam como barreira à incidência do sol, evitando o crescimento de algas.

Se tem um lago sem plantas, coloque-lhe nenúfares. No verão, quando estão em plena floração, é impossível resistir à sua beleza!


Flores com cores e pétalas diferentes


  



As flores fecham ao entardecer


Grande densidade de folhas que se elevam da água - é o momento de proceder à divisão das plantas

As flores dos nenúfares seduzem-me! E a si?



Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula



Imagens: Paula Craveiro

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Brincos-de-princesa, cuidados essenciais

Fuchsia x hybrida

Um longo período de floração, facilidade de propagação e fracas exigências de cultivo são condições que lhes permitem gozar de uma enorme popularidade no nosso país.

Quase todas as espécies de brincos-de-princesa são originárias da América Central e do Sul, encontrando-se no interior das florestas ou nas zonas húmidas e sombrias das montanhas.
O interesse desde sempre manifestado por estas plantas, permitiu obter um considerável número de variedades híbridas, conseguidas principalmente a partir das espécies: Fuchsia corymbiflora, Fuchsia fulgens e Fuchsia magellanica e que se distinguem pelo porte, formato, adaptabilidade, cor e forma das flores, sendo utilizadas quer em jardins exteriores, quer dentro de casa.
Existem variedades de porte prostrado, que ficam lindamente em cestos suspensos. Outras, erectas, podem crescer livremente e dar lugar a arbustos com porte arbóreo. Em menor número, encontram-se as variedades "Nana".

As plantas florescem profusamente entre março e outubro, dando origem a verdadeiras cúpulas. As flores, de pétalas e sépalas, de grande beleza, extravagância e exotismo, assemelham-se a sinos, nascem aos pares e podem exibir várias combinações de branco com outras cores.
Cada flor compreende, geralmente, 4 sépalas arqueadas, com corolas simples ou dobradas e um conjunto de estames proeminentes.

São também conhecidas por fúcsias, devido à combinação do rosa com o violeta, ou com o roxo, que caracteriza a maioria das espécies e variedades.

Brincos-de-princesa, que jóias tão preciosas e que nome mais apropriado!!! Há quem veja nestas flores pequenas bailarinas.

O nome "Fuchsia" homenageia Leonhart Fuchs, médico e botânico alemão do séc. XVI, considerado um dos três fundadores da botânica e que elaborou um importante guia com cerca de 500 plantas medicinais e seus respetivos usos.

Cuidados essenciais: Proporcione-lhe terra arenosa com turfa incorporada, húmida, mas não encharcada. A turfa é parte do segredo para ter plantas saudáveis com florações ininterruptas.
Dentro de casa deve receber 3 ou 4 horas de sol por dia. No jardim uma localização um pouco sombreada será a ideal.

Multiplicação: O mais prático é usar estacas de ponta com 8 a 10 cm de comprimento, cortadas logo a seguir a um nó. Faça-o na primavera.

O meu conselho: Quando adquirir uma destas plantas, certifique-se que já tem botõezinhos formados. Assim, em pouco tempo, poderá desfrutar da sua elegância, numa abundante e sinuosa silhueta.

Fuchsia triphylla

Fuchsia corymbiflora

Fuchsia magellanica

Fuchsia x hybrida

Fuchsia x hybrida

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Imagens: Paula Craveiro

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Ervilhas-de-cheiro, uma tradição suave e perfumada


Colher ervilhas-de-cheiro do jardim e colocá-las na jarra é a melhor forma de trazer para casa o perfume doce, suave e penetrante que as flores libertam, e também de estimular e prolongar a sua época de floração. Se as deixar no jardim, sentirá o seu aroma a invadir todo o espaço envolvente.

Trata-se de uma herbácea anual, bastante rústica e versátil, pois pode ser utilizada como flor de corte, para ramos, para adornar bordaduras ou tapetes em jardins ou, ainda, envasada, consoante se recorra a variedades anãs, que não ultrapassam os 30 cm de altura, ou a trepadeiras que podem alcançar grandes tamanhos. Neste caso, necessita de ser amparada por um suporte, por onde possa trepar.

Durante a fase de crescimento suporta temperaturas baixas, mesmo negativas, mas o que mais lhe agrada são os locais bem expostos ao sol e solos férteis, enriquecidos com matéria orgânica, frescos e húmidos.

Semeia-se em fevereiro e março, como aconselhámos  em Jardinagem em Fevereiro - Agenda, a 2 cm de profundidade. Se mergulhar as sementes em água morna, na noite anterior à sementeira, melhorará as condições de germinação.

Os fragrantes ramalhetes de flores, obtidos entre junho e o início do outono, são uma excelente compensação de todo o seu trabalho!

Após a floração, pode aproveitar as sementes das vagens para as próximas sementeiras, embora haja uma forte possibilidade das plantas degenerarem, ou seja, não conseguir obter réplicas do primeiro ano, nomeadamente quanto à cor.

Gosta de ervilhas-de-cheiro?

Estas plantas leguminosas, com a designação botânica Lathyrus odoratus, têm uma grande tradição nos jardins portugueses antigos.
Se nunca as semeou, experimente, pois serão um enorme contributo para um jardim alegre, perfumado e muito mediterrânico!

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula


Imagem: Paula Craveiro

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Jardinagem em Julho - Agenda

-Para que o calor de verão não arruíne os relvados e as plantas, principalmente as que foram plantadas recentemente, programe atempadamente os sistemas de rega. Nesta altura, vai sentir necessidade de ter um sistema capaz de chegar a todos os cantos do jardim. Lembre-se que a rega mais eficaz é feita ao anoitecer. Porém, como resultado das frequentes e copiosas regas que vai realizar, é possível algum empobrecimento do solo. As plantas do seu jardim terão, por esse motivo, propensão para acusar a falta de um ou outro elemento nutritivo denunciando-o, entre outros, através do seu amarelecimento, fraqueza dos caules, menor resistência às doenças e diminuta produção de flores. Terá que compensar as carências nutricionais mais frequentes;

-Corte os relvados 1 vez por semana ou, no máximo, de 10 em 10 dias;

-Pulverize e limpe as folhas das plantas de interior. As temperaturas elevadas obrigam  à abertura das janelas durante grande parte do dia. O pó que entra é bastante prejudicial e dá-lhes um aspeto pouco atractivo;

-Se não tem um amigo ou um vizinho de absoluta confiança, a manutenção das plantas de interior, durante o período de férias, é sempre uma preocupação. Para as regas há várias alternativas mas, para a luminosidade não tem muitas hipóteses. Poderá sempre colocar as plantas de interior na rua (varanda), em local abrigado e à sombra, para que não ocorram grandes choques térmicos;

-Comece a recolher as primeiras sementes. É uma operação muito fácil. Vigie a floração das suas plantas preferidas e, no momento certo, recolha as sementes pois, se não o fizer, caem e são disseminadas pelo vento. Introduza as inflorescências numa bolsa de papel com o pé para cima e sacuda vigorosamente a bolsa. As sementes ficarão no seu interior. De seguida, guarde-a em lugar fresco, seco e arejado até voltar a semeá-las.

Como vê a jardinagem requer cuidados durante todos os meses do ano. Com boas práticas e optando pela vegetação mais adaptada às nossas condições edafo-climáticas, o jardim não sofrerá tanto com a sua ausência. 

Se é o caso, boas férias, volte revigorado e com muita vontade de ajardinar!

Obrigada pela visita.

Um beijinho e até breve,

Paula

Imagem: Paula Craveiro